Sessão de poesia com Katia Andrade, médica e investigadora em neurociência

 

No dia 23 de fevereiro, a Dra. Katia Andrade, médica e investigadora em neurociências (hospital universitário La Pitié Salpêtrière, em Paris) juntou numa sessão online de poesia, promovida pelas Bibliotecas Escolares AEFC, os alunos do 11º PTCP, do 11º PTAS e respetivos diretores de turma, bem como os professores do grupo de Português, de Francês e do Clube de Leituras do nosso agrupamento.

Desenvolveu-se uma agradável e regeneradora tertúlia de leitura num debate conciliador entre a ciência e a estética. A “médica-poeta” sublinhou a importância da leitura e da arte para o bem-estar e desenvolvimento do ser, tendo destacado o papel decisivo que a escola e os seus professores desempenham no processo.

A vida esteve no centro das reflexões convocadas pelas declamações genuínas e profundas da Dra. Katia Andrade. Também as alunas participantes no Concurso Nacional de Leitura apresentaram poemas da autora de Retrato. Este evento inscreve-se no Projeto do PNL – Ler + Forte da Casa e no Clube de Leituras. Nesta tertúlia literária em volta da declamação partilhada entre a poetisa e as candidatas ao Concurso Nacional de Leitura, Carolina e Olga, houve lugar para a reflexão sobre o que é essencial. O diálogo instalou-se para além das declamações. As dúvidas de vários participantes tomaram voz para encontrar respostas em forma de reflexões, sem soluções, porque a arte de viver também é um exercício coletivo, despertando a consciência da necessidade de desenvolver o gosto pela vida. Somos “pessoas felizes com tristezas dentro”. Aconteceu uma manhã mágica quase indizível, em que os versos límpidos entraram naturalmente a despertar sentidos e a fazer sentido para cada um de nós.

A última publicação de Katia Andrade, Retrato, contou com a participação do Mestre António Bessa com os retratos dos ícones da literatura portuguesa, Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen. Nesta obra, podemos ler um poema a provocar o movimento de “dentro para fora”, enquanto condição essencial para a alegria.

“Alegria

Quem dera que a alegria

Tome conta de ti,

Como das flores,

Assim que chega a primavera.

Nem que seja triste.”



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